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Ipanema: Prefeito é denunciado por adiantar própria vacina da covid em 5 meses

O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) denunciou o prefeito de Ipanema, Júlio Fontoura (PL), e a esposa, por terem “furado a fila” da vacinação contra a covid-19 na cidade, que fica a 350 km de Belo Horizonte.
O caso foi descoberto pelo MP (Ministério Público) após uma denúncia anônima e foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com a denúncia, Fontoura, de 48 anos, foi a quarta pessoa a ser imunizada no dia 19 de agosto, quando o município recebeu a primeira remessa, com 60 doses. Ele recebeu a aplicação quase cinco meses antes da faixa etária dele ser convocada na cidade. Já a esposa foi imunizada no dia 1º de fevereiro.

Irregularidade
Ao Ministério Público, os dois acusados afirmaram que eram dentistas e, por isso, teriam prioridade. Mas, de acordo com o MP, o PNI (Plano Nacional de Imunização) prioriza os trabalhadores da Saúde na linha de frente da pandemia e idosos. As primeiras duas remessas que chegaram à cidade seriam aplicadas em 159 moradores que fazem parte destes grupos.

De acordo com o MP, após a repercussão do caso, o prefeito teria mandado vacinar todos os dentistas e auxiliares do município, “na tentativa de diluir sua responsabilidade, desrespeitando novamente e frontalmente a orientação técnica da prioridade”. O casal chegou a ter quase R$ 90 mil em bens bloqueados pela Justiça, após um pedido feito pelo Ministério Público.

O MPMG denunciou o prefeito por crime de responsabilidade por “apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio”. Se condenado, ele pode pegar de dois a 12 anos de prisão e também corre o risco de ter seus direitos políticos suspensos e ter de pagar uma multa de até cem vezes o valor do salário mensal, que supera os R$ 15 mil. (R7)

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