O Panetone, um dos destacados símbolos do período do Natal, para quem não sabe, pode ter sido o resultado de um erro cometido pelo padeiro italiano que o criou. Essa é uma das muitas “histórias” relacionadas ao alimento que se tornou mundialmente conhecido e consumido durante as comemorações do Natal.
Segundo essa versão, a palavra “Panetone” significa “Pani di Toni” ou, traduzido para o português, “Pão de Toni”, em uma alusão a Toni, padeiro que criou a receita, sem querer, na cidade de Milão. O que poderia ser uma linda história de receita criativa de sucesso mundial começou com um erro de Toni.
De acordo com a história, após trabalhar exaustivamente na véspera de Natal, a pedido de seu chefe, Toni fazia, ao mesmo tempo, uma fornada de pães e uma massa de torta. Mas, devido ao cansaço, ele acabou colocando as frutas da torta na massa de pães e tentou consertar a falha acrescentando também frutas cristalizadas, manteiga e ovos na receita. Ao levar a “torta de pão” para seu chefe, ele foi surpreendido com a criação de última hora, que alcançou enorme sucesso em toda a cidade e, posteriormente, o “Pão de Toni” se difundido pela Europa e por todo o mundo.
No Brasil
A chegada do Panetone no Brasil coincide com o período da Segunda Guerra Mundial, quando imigrantes italianos vieram em peso para cá. Por ser uma receita tradicionalmente natalina e muito querida por boa parte da população, é natural que ela fosse repassada entre gerações após a instalação das grandes colônias italianas no País.
Receita protegida
A receita clássica de Panetone é uma só, protegida por um decreto assinado em 2005 na Itália, que determina as quantidades mínimas de cada ingrediente que devem ser usadas na confecção desse pão.
Portanto, para ser um Panetone de verdade é preciso acertar as quantidades de farinha, sal, água, açúcar, ovos e frutas cristalizadas determinadas nesse decreto. Porém, como ocorre no Brasil, a receita do Panetone ganhou adaptações com o tradicional “jeitinho brasileiro”.
Com o passar dos anos, a receita do Panetone sofreu diversas inovações, dando origem a versões como o Chocotone, o Sorvetone e a Colomba Pascal, que são as variações mais conhecidas. Eles não podem ser rotulados como receitas clássicas, mas podem ser comercializados normalmente como versões desse tipo de pão.