Coluna do Edilson – 21/10/23 – Do sonho ao pesadelo
Eu gosto muito de sonhar e, para minha alegria, tenho sonhado muito ultimamente. Recentemente tive um lindo sonho que quero compartilhar com você.
No sonho, devido às inúmeras irregularidades e abusos cometidos pelas autoridades do Brasil e ao iminente risco de instalação de uma ditadura comunista no País, atendendo aos apelos da maioria da população, as forças armadas decidiram intervir, no objetivo de se estabelecer a ordem e colocar um ponto final na corrupção e no abuso de poder.
Uma Junta Militar foi formada e imediatamente depôs e prendeu o presidente, determinou o fechamento do Congresso Nacional, das assembleias legislativas estaduais, das cortes superiores do Poder Judiciário, incluindo o Supremo, e estabeleceu auditorias nos governos estaduais e municipais.
Foi firmado o compromisso de que esta junta administraria o Brasil pelo prazo de dois anos, período no qual seriam revistas a Constituição Federal e as constituições estaduais, julgados todas as pessoas envolvidas em crimes da esfera política, através do Superior Tribunal Militar.
Ao final desses dois anos, seriam realizadas eleições gerais no País, com o uso de urnas eletrônicas auditáveis, para eleger novos presidente da República, governadores de estado, prefeitos, senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores.
De imediato, ficou estabelecido que para o Supremo Tribunal Federal só poderiam ser eleitos ministros pessoas com longa experiência como juiz, em uma votação feita somente por membros dos tribunais de justiça de cada estado e do ministério público, para um mandato de oito anos sem reeleição.
A segunda medida foi reduzir o número de deputados federais e senadores pela metade, levando a nova Câmara dos Deputados a reduzir de 513 para 257 membros, enquanto a Assembleia Legislativa de Minas passaria dos atuais 77 deputados para 39 membros. No Senado, cada estado passaria a contar apenas com dois senadores, o que reduziria o número de senadores de 81 para 54. Os senadores só teriam direito a um mandato e os deputados a apenas uma reeleição.
Além disso, os salários de deputados e senadores seriam reduzidos em 30%, sem direito a 13º salário, sendo suspensas todas as demais vantagens e mordomias, também reduzindo o número de assessores de gabinete pela metade, com todos sendo aprovados em concurso público.
Nos municípios também ocorreria a redução no número de vereadores e de seus salários em 50% dos valores atuais, sem direito a 13º, diárias ou pagamento de despesas de viagens e de telefone celular. Só teriam direito a assessores, definidos por concurso público, os vereadores de cidades com mais de 150 mil habitantes.
Os municípios com até 20 mil habitantes só teriam sete vereadores e a cada 20 mil habitantes, o município teria direito a mais um vereador. Com isso, Caratinga passaria a contar com 10 vereadores, recebendo o excelente salário de R$ 5.500.00 por mês.
Os prefeitos não teriam mais o direito aos chamados cargos de confiança, podendo somente nomear os secretários municipais que, por sua vez, deveriam ter capacidade técnica para o exercício do cargo; sendo que as prefeituras não poderiam ter mais do que 10 secretarias.
Para coroar as mudanças, foi incluída na revisão da Constituição a proibição da candidatura para qualquer cargo eletivo de pessoas condenadas, ainda em 1ª instância, por crimes nas esferas civil, criminal e eleitoral. Sendo determinada total celeridade nos julgamentos nos quais o réu fosse ou tivesse sido ocupante de cargo público.
Infelizmente, o alarme do meu celular tocou, me despertando de um maravilhoso sonho para o triste pesadelo pelo qual estamos passando, sob as rédeas de um “descondenado”, líder do maior esquema de corrupção e desvio de dinheiro público da história.