Coluna da Edilson – A Culpa é nossa!
Você confiaria a guarda de seus filhos a alguém que responde a um processo por suspeita de pedofilia?… Você entregaria o controle de seus negócios e finanças a quem responde à Justiça como suspeita de praticar roubo? … Você consentiria que sua filha se casasse com um homem sobre o qual pairam fortes indícios de haver agredido e traído sua esposa anterior?
Pela importância que um filho tem para seus pais, estes jamais concordariam em confiá-los a uma pessoa que não lhes inspirasse total confiança. Da mesma forma, só nos permitiríamos contratar uma pessoa para trabalhar em nossa casa, administrar nosso dinheiro ou cuidar de nossos negócios se não restasse a menor dúvida de sua honestidade. E, jamais concordaríamos com o casamento de nossa filha com um homem infiel e de procedimento agressivo.
Pois, é!… Infelizmente, não vemos o mesmo zelo por parte dos brasileiros na hora em que escolhem as pessoas que irão ocupar cadeiras nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas, na Câmara Federal e no Senado, assim como aqueles que irão governar os municípios, os estados e o País.
O resultado disso é o fato de termos mais de um terço dos 594 deputados e senadores que formam o Congresso Nacional denunciados de envolvimento no maior esquema de corrupção já registrado na história do Brasil, denunciado na Operação Lava Jato, que o Supremo Tribunal Federal se empenha de forma intensa em jogar por terra. Além disso, sobre muitos outros deputados e senadores pairam denúncias e suspeitas de envolvimento em outros esquemas de corrupção.
Se não fosse o bastante, pipocam pelos quatro cantos do País, principalmente neste momento de pandemia provocada pelo “vírus chinês”, as denúncias de desvio de recursos que deveriam ser investidos no tratamento de pacientes de Covid-19, desviados por governadores e prefeitos.
Ah!… Não preciso lembrar-lhe que todos esses deputados, senadores, prefeitos e governadores, tanto os já indiciados como os ainda apenas suspeitos de corrupção, foram eleitos com os votos do eleitorado brasileiro.
Portanto, não há a necessidade de mais comprovações de que temos escolhido aquelas pessoas que irão roubar o nosso dinheiro, que deveria ser empregado nos setores de Saúde, Educação, Segurança Pública e Infraestrutura… Ou seja… Somos nós mesmos que escolhemos as pessoas que nos irão roubar e, pior, roubar o direito de um futuro melhor para nossos filhos e nossos netos.
Na minha humilde concepção, para que a Democracia Brasileira fosse realmente justa, uma pessoa suspeita de ter sido envolvida em corrupção ou que estivesse sendo julgada pela prática de algum crime, fosse qual fosse, não poderia sequer se lançar como candidata a qualquer cargo público. Porém, nossas injustas leis não somente permite que elas se candidatem como, também, sejam eleitas, sejam empossadas e, assim, continue a nos roubar.
Há muitos anos, em uma tirada irônica, eu disse uma frase que tem se mostrado uma realidade na história recente deste “País das Maravilhas”. Naquela oportunidade eu disse o seguinte: “O seu corrupto de hoje, pode ser o seu candidato preferido de amanhã!”. Pois, bem!… Corrijam-me se a frase estiver errada ou se ela não for verdadeira!
Um exemplo disso, estamos assistindo na forma como a Corte Suprema tem agido no que se refere à preparação do cenário político para as eleições presidenciais do próximo ano.
O Supremo Tribunal Federal, que deveria ser o prumo a orientar a defesa do direito e da justiça em nosso país, está se empenhando ao extremo em convencer o Lula de que ele não roubou.
Já tomaram todas as medidas possíveis, até o momento, neste sentido. Agora, só falta conseguirem convencer aos companheiros de Lula que eles devolvam parte de um dinheiro que não roubaram.