Contrariando a expectativa geral, a votação em segundo turno da matéria encaminhada pelo Executivo levantou polêmica. O projeto já havia sido discutido e aprovado no primeiro turno, daí, esperar-se sessão tranquila no dia 8. Não foi o que aconteceu.
O vereador Johnhy Claudy (Rede) pediu na tribuna legislativa o sobrestamento do projeto para interromper o processo de votação, já em segundo turno, recurso comum quando se trata de assuntos polêmicos. A surpresa veio quando Claudy teceu comentários em um discurso contundente. “Estou com um áudio de um vereador que diz assim: ’os dois que votaram contra o projeto têm problemas de insatisfação com o prefeito municipal’”.Claudy disse mais: ”Não dou o direito de dizer que tenho insatisfação pessoal. É muito grave esta denúncia. Agora, faço um desafio: vamos quebrar nosso sigilo telefônico no dia ou na semana de votação, para ver quem é que realmente teve benesses neste projeto”. E mais: “Eu não tenho parentes meus funcionários contratados. Eu não tenho indicação de mais de 20, 22 funcionários. O local que eu sou vereador eu não consigo colocar dois ou quatro enfermeiros, dois médicos pelos distritos (sic). E finalizou: “Eu não tenho cotas, então, não mexam com quem anda dentro da lei. Não mexam. Eu não aceito dizer que estou votando por insatisfação pessoal.”
O vereador, apesar da contundência das declarações, não adiantou quais os parlamentares que teriam participado da conversa gravada e nem quem teria feito o áudio, o que provocou um clima de constrangimento no plenário. Até o fechamento desta edição, a situação incômoda permanecia.