Caratinga

O trânsito de Caratinga está cada vez mais intransitável

Um dos principais problemas da cidade de Caratinga é o Trânsito. Isso foi constatado ainda no primeiro mandato do ex-prefeito Ernani Campos Porto (2001-29943), durante as reuniões realizadas para a confecção do Plano Diretor, quando foi elencado como uma das principais preocupações da população urbana. Desde então, a solução para o caótico trânsito da cidade sempre se destacou entre as propostas dos programas de governo defendidos em palanque pelos prefeitos eleitos. No entanto, o problema permanece e se agiganta a cada dia.

Municipalização
A municipalização do trânsito de Caratinga sempre foi uma das musas dos discursos dos prefeitos eleitos desde Ernani Campos Porto. Durante o governo de seu sucessor, João Bosco Pessine (2009-2012), criou-se forte expectativa de se dar um tratamento eficaz ao trânsito.

Neste sentido, foi aprovado pela Câmara Municipal projeto que criava a Guarda Municipal e o Agente Municipal de Trânsito, a quem caberia a fiscalização do trânsito urbano, incluindo a atribuição das notificações de infrações, e o funcionamento do Estacionamento Rotativo.

Durante aquela gestão, chegou a ser realizado o processo de concurso público para os agentes de trânsito, porém, ele acabou sendo suspenso por determinação da Justiça, devido a possíveis irregularidades.

No governo de Marco Antônio Junqueira (2013-2016), o tema voltou à baila, com o anúncio alardeado pelo governo de conclusão do processo de municipalização do Trânsito de Caratinga. No entanto, as possíveis ações para a reorganização e solução para as demandas do trânsito da cidade nunca saíram do papel.

Com a eleição de Dr. Welington a prefeito de Caratinga, ocorrida no pleito de 2016, criou-se a expectativa de que finalmente seriam encontradas soluções para os muitos problemas do sistema de trânsito local, afinal de contas, ele se tratava de um ex-delegado de polícia e havia defendido propostas de melhorias para o setor durante a campanha eleitoral. No entanto, da mesma forma que seus antecessores, as prometidas mudanças não foram além de pintura de faixas, criação de estacionamentos privativos para idosos e troca de alguns semáforos no centro da cidade.

Diante da omissão das autoridades locais, em Caratinga, cujas ruas são as mesmas que há mais de três décadas já apresentavam dificuldades em suportar o sempre crescente número de veículos, os problemas de trânsito se agigantam e vão permanecendo insolúveis.

Pedestres
As autoridades sequer se unem na elaboração de campanhas educativas, visando chamar a atenção dos atores para as responsabilidades que todos têm na organização do sistema de trânsito.

Na ausência de tais iniciativas, a todo instante, observam-se irregularidades a atos irresponsáveis cometidos por motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres.

Esses últimos, em sua maioria, desconhecem as regras de trânsito e, por tal motivo, colocam as próprias vidas em risco o tempo todo, cruzando locais onde existem semáforos, mesmo quando eles encontram-se fechados, apenas pelo fato de estarem usando a faixa de pedestres.

Pedestres insistem em cruzar as ruas mesmo com o semáforo fechado

Motos
Muitos problemas têm sido causados por grande parte dos motociclistas que, sem fiscalização, insistem em cometer verdadeiros absurdos nas ruas da cidade, principalmente por circularem em altíssima velocidade, já tendo ocorridos muitos atropelamentos de pedestres, inclusive com mortes.

Além do abuso na velocidade, atitude comumente tomada por mototaxistas e motoboys, tais condutores fazem conversões irregulares, circulam em contramão e estacionam suas motos onde querem, mesmo que isso seja irregular. Junte-se a isso as ultrapassagens pela direita e a circulação entre veículos.

Estacionamento
Como o governo municipal não toma as medidas necessárias para a implantação do Estacionamento Rotativo na área central da cidade, encontrar vagas para que os proprietários de carros possam estacionar seus veículos é quase um milagre.

Para dificultar a oferta de vagas, alguns proprietários de estabelecimentos comerciais deixam seus carros ocupando vaga em frente às suas lojas durante o dia todo.

Vale lembrar, ainda, o que acontece na Rua Coronel Pedro Martins, a antiga Rua do Correio. Há décadas, as vagas que seriam destinadas ao estacionamento de veículos são usadas para que empresas de venda de veículos usados utilizem o local para exposição de seus carros. A irregularidade já foi denunciada diversas vezes e nenhuma atitude foi tomada pelas autoridades para sanar o problema.

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