Banco do Nordeste investe bilhões no 1º semestre e Caratinga fica de fora
Na divulgação do balanço das atividades do Banco do Nordeste (BNB) realizadas no 1º semestre deste ano, ocorrida no dia 11 deste mês, a instituição anunciou ter obtido o lucro líquido de R$ 701,3 milhões e o resultado operacional de R$ 1,2 bilhão. O balanço mostrou, ainda, os altos investimentos feitos pelo banco nos municípios da área de atuação da Sudene que não inclui a “esquecida” Caratinga.
O fechamento do semestre confirmou a prévia divulgada em julho com dois milhões de operações de crédito e R$ 22,4 bilhões investidos na área de atuação do banco e da Sudene, que compreende os estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo. Desse total, R$ 16 bilhões foram com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
Da região de Caratinga, foram beneficiados com a inclusão na área da Sudene os municípios de Imbé de Minas, Inhapim, Piedade de Caratinga, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas, São Domingos das Dores, São Sebastião do Anta e Ubaporanga.
Entre os municípios da região não incluídos na Sudene pelos deputados federais aqui votados, além de Caratinga, estão Bom Jesus do Galho, Córrego Novo, Pingo D’Água, Entre Folhas, Vargem Alegre, Iapu e São João do Oriente, cuja população, por esse motivo não tem acesso aos benefícios e vantagens disponibilizados pelo Banco do Nordeste.
O presidente do BNB, José Gomes da Costa, comemorou o sucesso da instituição. “Mesmo em cenário de graves repercussões por conta da guerra no Leste da Europa e ainda sob impacto das tensões econômicas geradas pela pandemia da Covid-19, conseguimos beneficiar todos os setores produtivos. O resultado geral do semestre permite vislumbrar a retomada da economia, na perspectiva de que o Nordeste e o Brasil caminham no rumo certo para o desenvolvimento econômico e social”.
Agronegócio
Um dos destaques do balanço foi a atuação do Banco do Nordeste no agronegócio durante os seis primeiros meses de ano. Mesmo contando com apenas 8,9% da rede bancária em sua área de atuação, o BNB respondeu por 52,3% dos financiamentos deste setor. As operações somaram R$ 4,3 bilhões, beneficiando sobretudo produtores rurais pessoas físicas de todos os portes.
Os valores não incluem Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que aplicou outros R$ 2,5 bilhões no período.
Outro destaque foi o valor aplicado na região do Semiárido, um dos subespaços prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Ao todo, foi contratado R$ 1,2 bilhão, com recursos do FNE, por meio de mais de oito mil operações.
Crédito verde
Como frisou José Gomes, as operações voltadas à agenda Ambiental, Social e Governança (ASG) somaram R$ 3,23 bilhões, em sete mil operações. “O Banco do Nordeste dá atenção especial aos aspectos socioambientais mantendo-se como empresa rentável e que agrega valor à sociedade. Seja em grandes operações de infraestrutura, seja com pequenos produtores”.
Como esclareceu o presidente do BNB, por meio das linhas chamadas “crédito verde”, são apoiados os projetos que promovem energias renováveis, eficiência energética, uso sustentável de recursos florestais, florestamentos, reflorestamentos, recuperação ambiental e convivência com o semiárido, recuperação de áreas degradadas e produção de base agroecológica, dentre outros.