Ao amigo Leo Baião
No domingo, 28 de janeiro, a imprensa de Caratinga e região ficou mais pobre. Neste dia, aos 44 anos, vítima de uma forte pneumonia, falecia o jornalista Leonardo Gualberto Baião, o Leo Baião, aliás, um jornalista apaixonado pela profissão pela qual dedicou mais de 20 anos.
Leo Baião quis ser jornalista e tornou este sonho em realidade, se fez jornalista e dos bons!… Daqueles que se dedicam e se empenham em fazer bem feito, se ocupando em realizar esta tarefa de corpo e alma e, assim, fazer o seu melhor.
Erroneamente, costuma-se dizer que ninguém é insubstituível. Discordamos totalmente desta frase!… Ninguém é substituível naquilo que faz quando faz o seu melhor!… Por isso, Leo Baião deixa uma lacuna que jamais será preenchível, afinal, foi um espaço que ele conquistou com todos os méritos.
No exercício da profissão que escolheu, Leo Baião se mostrou um homem de imprensa completo, exercendo esta função, que sempre tratou com o carinho de quem exerce um sacerdócio, com a mesma desenvoltura e paixão, fosse no rádio, na televisão ou na imprensa escrita, se esmerando no uso do dom que Deus lhe concedeu.
Foi assim na Rádio Caratinga, onde começou, na TV Sistec, na Unec TV, pela qual trabalhava ao final de sua jornada, e na TV A Semana e no jornal A Semana, quando nos permitiu contar com seu talento e sua permanente vontade de trabalhar e servir.
Durante o período em que “vestiu a nossa camisa”, tivemos o privilégio de construir e solidificar um relacionamento que não se limitou ao campo profissional, mas, se ramificou e solidificou em uma permanente amizade.
Na verdade, ser amigo do Leo era uma coisa natural, sempre experimentada por todos que tiveram a excelente oportunidade de conhecê-lo e, com isso, puderam vivenciar de seu caráter, de sua humildade, bondade e companheirismo, que ele sempre dedicou a todos, sem distinção.
Neste momento, quando o jornalismo do Brasil se mostra tendencioso e embriagado pelo partidarismo, Leo Baião soube se conduzir como um jornalista de verdade, pautando sua atuação com a independência e o equilíbrio que caracterizam os grandes jornalistas, time do qual ele sempre foi um titular.
Em sua vida pessoal, assim como fez no jornalismo, Leo Baião colecionou amigos, muitos amigos e incontáveis admiradores, fossem eles atleticanos, cruzeirenses, botafoguenses, vascaínos, tricolores, palmeirenses e não apenas aos torcedores do seu querido Flamengo.
Segundo os desígnios de Deus, que muitas vezes, como agora, fogem à nossa pequena compreensão, Leo Baião partiu, deixando uma lacuna e enorme saudade nos corações de seus familiares, de seus amigos e em nós, jornalistas, seus companheiros.
Adeus, amigo!
Jornal A Semana