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A SEMANA:  40 ANOS DE BOM JORNALISMO

No domingo, 16, o jornal A Semana completou 40 anos de atividade, período marcado pela disposição e pelo compromisso de desenvolver um jornalismo sério, aliado à verdade e determinado a se colocar ao lado da população e lutar pelos genuínos interesses de Caratinga e dos demais municípios da região.

Nessas quatro décadas, em exatas 1529 edições, completadas com esta edição especial, o jornal A Semana levou aos seus fiéis leitores os principais fatos ocorridos na região, denunciou irregularidades e corrupção cometidas por agentes públicos e apresentou diversas propostas voltadas a contribuir com o desenvolvimento socioeconômico de Caratinga e dos municípios de seu entorno.

Com o objetivo de oferecer aos seus leitores um produto de melhor qualidade, A Semana sempre esteve na vanguarda, sendo o primeiro jornal da região a ser impresso através do processo offset, da mesma forma em que foi o primeiro a publicar páginas coloridas, sendo, ainda, o primeiro jornal a contar com uma coluna social.

A seguir, destacaremos alguns dos principais temas abordados nas páginas de A Semana, bem como as bandeiras defendidas pelo semanário nesses 40 anos de estrada.

DENÚNCIAS
O jornal A Semana sempre teve as suas páginas abertas a publicar denúncias de irregularidades cometidas pelos representantes do poder público, produzindo reportagens plenamente apoiadas em provas e documentações, motivo pelo qual nunca foi processado judicialmente. Várias dessas matérias chamaram a atenção do Ministério Público, resultando em ações judiciais civis e penais contra prefeitos, vereadores e outros envolvidos, resultando em perda de direitos políticos, multas e outras punições.

LICITAÇÃO DA DÁRIO GROSSI
No ano de 1998, quando José Assis Costa era o prefeito de Caratinga, A Semana publicou uma reportagem denunciando as irregularidades que estavam sendo cometidas para a execução das obras de construção da Avenida Dário Grossi.

O anúncio do início das obras, a serem executadas pela empresa Minas Sul, foi feito em palanque montado no local, com a presença de várias autoridades políticas, porém, como denunciado pelo jornal A Semana, ainda não havia sido realizado o processo licitatório para definir qual empresa seria responsável em realizar a construção da avenida.

Dias depois de A Semana noticiar a irregularidade, o jornal Estado de Minas publicou uma reportagem sobre a denúncia. O edital de abertura da licitação só foi publicado no Diário Oficial da União várias semanas depois e o processo foi vencido pela Preart, empresa de Caratinga.

A VOZ DO POVO
O jornal A Semana, até hoje, continua honrando o compromisso de se colocar ao lado da população, por meio de suas matérias, relatando os problemas enfrentados pelos bairros e distritos de Caratinga, em seus vários aspectos, entre os quais os relacionados à infraestrutura.

Diante das reclamações, A Semana nunca se furtou a ir às comunidades, ouvindo os moradores e apresentando em suas páginas os diversos problemas, sempre cobrando da administração municipal as medidas necessárias para solucioná-los.

Entre as diversas situações noticiadas e reivindicadas pelo jornal, destaca-se o problema enfrentado pelos moradores da Rua Augusto de Morais, no Bairro Esperança, que permaneceu interditada por mais de uma década, que foi tema de várias reportagens. Também mereceram atenção e foram reportados nas páginas de A Semana problemas semelhantes vivenciados pelos moradores das ruas Iapu, João Tiola e Quintino Bocaíuva, entre várias outras.

Da mesma forma, foram produzidas várias matérias cobrando das autoridades do município e, principalmente, da Copasa, o cumprimento do contrato para a implantação do sistema de tratamento de água nas sedes urbanas dos distritos rurais.

CADEIA PÚBLICA
Durante vários anos, até a inauguração do Presídio de Caratinga, ocorrida em junho de 2008, o semanário, por meio d reportagens, comentários, notas e alertas, acompanhou a constante situação de pânico vivida pelos moradores do Bairro Esperança, diante da precariedade e da superlotação da antiga Cadeia Pública, que ocasionou em diversas rebeliões, depredações e das constantes fugas de presos que tornaram o local um verdadeiro “barril de pólvora”, como mencionado em uma das manchetes do jornal.

O velho prédio, hoje transformado em uma praça, foi construído para abrigar 50 presos, no entanto, chegou a acolher 300 detentos, confinados em situação desumana, sendo obrigados a coabitar com presos doentes, inclusive portadores de tuberculose e Aids.

Os momentos mais críticos e tensos aconteceram em 2004, quando foram deflagrados dois grandes motins. O primeiro aconteceu em 29 de março. Já o segundo, o maior já ocorrido em Caratinga, se deu entre os dias 22 e 25 de outubro, quando os amotinados destruíram paredes do interior do prédio, com os escombros formando uma montanha no pátio da unidade prisional.

TAXA DE ESGOTO
Tão logo o prazo para que a Copasa realizasse todas as obras do sistema de esgotamento sanitário da cidade de Caratinga se expirou – 31 de dezembro de 2001 -, o jornal A Semana iniciou a longa batalha visando o rompimento do contrato firmado em dezembro de 1998, entre o Município e a concessionária, atitude que teria livrado a população da injusta obrigação de pagar a Taxa de Esgoto, cobrada desde janeiro de 1999, sem que o serviço fosse prestado. Infelizmente, os últimos quatro prefeitos de Caratinga decidiram não romper o contrato descumprido pela Copasa.

O empenho do jornal em combater tal injustiça, além das constantes matérias, notas e comentários, resultou em mobilizações populares, ações judiciais e audiências públicas, uma delas promovidas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, mediante requerimento do então deputado Adalclever Lopes.

Em duas oportunidades, juízes da Comarca de Caratinga chegaram a suspender a cobrança da Taxa de Esgoto, porém, devido à força e a influência do Governo do Estado, tais decisões foram derrubadas pelas instâncias superiores.

CAPELA VELÓRIO
Outra reivindicação da população de Caratinga pela qual o jornal A Semana usou seu prestígio e poder de influência foi a construção da Capela Velório, localizada no Bairro Santa Zita, conseguindo a destinação de recursos, mediante emenda de autoria do então deputado estadual Adalclever Lopes, no valor de R$ 400 mil.

A grande demora para o início das obras e, principalmente, para a sua execução, que sofreu paralisações, foi muito questionada pelo semanário em diversas matérias.

A FILHA DE JOSÉ ALENCAR
Como aconteceu em vários momentos, o jornal A Semana foi o único órgão de imprensa da região a partir de 2001, a dar apoio à professora Rosemary de Morais, hoje falecida, em sua luta para que o ex-vice-presidente da República, José Alencar a reconhecesse como filha.

Como afirmado por Rosemary, várias testemunhas ouvidas no processo de investigação da paternidade ajuizada por ela, em 1953, sua mãe, Francisca Nicolino de Morais, conhecida como “Tita”, e José Alencar iniciaram um romance, sendo vistos juntos, em todos os sábados, no Clube Municipal de Caratinga. Tita confessou a José Alencar que estava grávida e, após longa discussão, ele se propôs a assumir a paternidade. Eles tiveram outro encontro, quando voltaram a discutir. José Alencar nunca mais a procurou e não reconheceu a filha, nascida em 08 de maio de 1955.

Rosemary só veio a saber que seu pai era José Alencar quando já estava com 42 anos, através da própria mãe. Desde então, ela iniciou uma luta para se encontrar com ele e ser reconhecida como filha.

Eles se encontraram em 1998, durante visita de José Alencar a Caratinga. Conversaram rapidamente e ele afirmou que a procuraria, no entanto, José de Alencar não cumpriu a promessa.

Durante a ação, por duas vezes, ele se recusou a ceder material para o teste de DNA e, no dia 20 de julho de 2010, o juiz José Antônio de Oliveira Cordeiro, da Comarca de Caratinga, proferiu a sentença declarando que José Alencar era pai de Rosemary. Os advogados dele recorreram da decisão ao Tribunal de Justiça e, em 29 de março de 2011, José de Alencar faleceu, tendo seu corpo cremado.

SUCESSO NAS PESQUISAS E SONDAGENS
Sempre pioneiro, A Semana foi o primeiro órgão de imprensa da região a realizar e divulgar pesquisas e sondagens durante os períodos eleitorais e levantamentos para aferir junto à população sua avaliação quanto ao desempenho dos prefeitos e suas administrações.

Nesse trabalho, sempre mantendo o compromisso com a imparcialidade e a verdade, em suas pesquisas e sondagens A Semana sempre alcançou expressivo índice de acertos. Os raríssimos erros foram registrados em municípios onde as disputas estavam mais acirradas e foram decididas nas eleições com pequenas diferenças de votos.

100% DE ACERTO
Nas eleições municipais de 2012, quando o jornal A Semana conseguiu acertar os resultados das urnas de todos os municípios da região em que realizou sondagens, o destaque ficou para a disputa eleitoral em Caratinga, vencida por Marco Antônio Junqueira.

Na última sondagem realizada por A Semana, o resultado referente a intenção de votos para Marco Antônio apresentou uma diferença de apenas 0,44% do resultado oficial da eleição. No levantamento realizado pelo jornal, publicado no dia 05 de outubro, véspera das eleições, Marco Antônio aparecia com 59,25% das intenções de votos. Na eleição ele ficou com 59,69% dos votos, comprovando a seriedade e a excelência das pesquisas e sondagens realizadas e publicadas pelo jornal.

JORNAL FALSO
Na manhã do dia 06 de outubro de 2012, o dia da votação, a população de Caratinga foi surpreendida com a distribuição de uma falsificação do jornal A Semana, trazendo um resultado diferente do mostrado na sondagem publicada na edição 1205, distribuída no dia anterior, com claro objetivo de confundir os eleitores.

O Jornal apócrifo apresentava os resultados de uma fictícia sondagem, trazendo o ex-prefeito Ernani Campos Porto em 1º lugar, com 51,23% das intenções de votos, contra 39,73% de Marco Antônio.

CARATINGA GANHA BATALHÃO
No dia 11 de junho de 2015, o antigo sonho da população de Caratinga da contar com um batalhão de polícia se tornou realidade, com o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, assinando a resolução 4405, criando o 62º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento de Caratinga e mais 24 municípios de seu entorno.

A conquista deste benefício, conforme declaração do comandante da 12ª Região de Polícia Militar, coronel Edvânio Carneiro, contou com o apoio de Adalclever Lopes, na ocasião presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Quem também teve importante participação no processo para a instalação de um batalhão de Polícia Militar em Caratinga foi o coronel Geraldo Henrique Guimarães da Silva, que no período em que comandou a 12ª Região de Polícia Militar desenvolveu todos os estudos de viabilidade técnica e financeira, além da necessidade de que o município e a região recebessem um batalhão.

HOSPITAL IRMÃO DENISE NO SUS
Outra iniciativa defendida e encabeçada por A Semana e que tem beneficiado a população da região de Caratinga foi o processo de credenciamento do Hospital Irmã Denise ao Sistema único de Saúde (SUS).

No processo para o credenciamento, o diretor de A Semana, Carlos Roberto Carraro, valendo-se de sua amizade com Adalclever Lopes, então presidente da Assembleia Legislativa, e do deputado Sávio Souza Cruz, à época secretário de Estado da Saúde, conseguiu que fossem realizadas reuniões da direção da Fundação Educacional de Caratinga (Funec), mantenedora do Hospital, com diretores do Ministério de Saúde, culminando com a aprovação do projeto de credenciamento do Hospital Irmã Denise ao SUS.

Carlos Carraro chegou a ser criticado e, até mesmo, acusado de estar trabalhando contra o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, porém, com seu credenciamento ao SUS, o Hospital Irmã Denise se mostrou fundamental no enfrentamento do período mais agudo da pandemia da Covid-19, disponibilizando 115 leitos de UTI exclusivo para pacientes acometidos pela doença, se tornando referência para todo o Estado.

HOSPITAL IRMÃ DENISE CREDENCIADO AO IPSEMG
Outro benefício proporcionado pelo Hospital Irmã Denise foi o seu credenciamento junto ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), em evento realizado no Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no dia 17 de abril de 2018, possibilitando o atendimento hospitalar aos servidores do Estado residentes em Caratinga e região, que até então se viam obrigados a se deslocar para outras cidades.

Segundo levantamentos realizados pelo próprio Ipsemg, o credenciamento do Hospital Irmã Denise beneficia a aproximadamente 11 mil pessoas, entre segurados e seus dependentes. Também nesse processo, foi fundamental a intermediação de Adalclever Lopes, então presidente da Assembleia Legislativa.

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