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Setembro Amarelo®: esta campanha salva vidas

No dia 10 de setembro é, oficialmente, comemorado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha antissigma do mundo que, neste ano traz o lema “Se precisar, peça ajuda!”. No Brasil, o movimento ganhou impulso em 2013, quando Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), decidiu incluir a campanha internacional Setembro Amarelo® no calendário nacional que, no ano seguinte, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), passou a ser divulgada e, assim, a conquistar, a cada ano, novos parceiros no Brasil.

Suicídio
O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, a cada ano, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, que somados elevariam para mais de um milhão o número de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média, a cada dia 38 pessoas cometem suicídio no país.

Os levantamentos mostram que, no mundo, os números de suicídios têm diminuído, porém, segundo a OMS, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar. De acordo com os especialistas, praticamente 100% de todos os casos de suicídio estão relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Isso mostra que a maioria dos casos poderia ter sido evitados se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

Números de suicídios
O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária, câncer de mama ou guerras e homicídios.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa, ficando atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

Conforme os dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, divulgados em setembro de 2022 pelo Ministério da Saúde, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda – 7,1% por 100 mil.
Nos países da Europa, foi constatado um declínio nas taxas de suicídio e observou-se um aumento dessas taxas nos países do Leste Asiático, da América Central e da América do Sul.

Apesar de alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, em muitos outros permanecem não comprometidos. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio.

Setembro Amarelo® 2024
Ao incentivar a participação na campanha, a ABP e a CFM disponibilizam material para auxiliar a todos, constantes de Diretrizes para a Divulgação e Participação da Campanha, materiais online para download, a Cartilha Suicídio Informando para Prevenir e todo o material para a imprensa.

Diretrizes
Em 2017, as duas entidades criaram as Diretrizes para Participação e Divulgação do Setembro Amarelo®. O documento serve para orientar toda a sociedade sobre a participação na Campanha, como utilizar corretamente os materiais de utilidade pública produzidos e de que maneira incentivar o Setembro Amarelo em cada região.

As Diretrizes destinam-se a pessoas físicas, empresas e demais parceiros que queiram atuar junto à ABP e ao CFM na diminuição do estigma e, consequentemente, na prevenção ao suicídio.

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