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Número de jovens eleitores em Minas sobe 82% em relação ao último pleito

O eleitorado jovem mineiro cresceu 82,64% neste ano, em relação às eleições de 2020. Os dados são do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Em 2022, há 168.242 eleitores de 16 e 17 anos no Estado. Há dois anos, eram 92.114 eleitoras e eleitores nessa faixa etária.

O TRE-MG analisa que esse crescimento significativo se deu por conta da forte campanha que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou neste ano para alcançar os adolescentes, investindo em convocações por meio de peças em redes sociais e demais mídias. A campanha ganhou a ajuda até mesmo de artistas internacionais, como Leonardo DiCaprio e Mark Ruffalo, além da cantora Anitta e Zeca Pagodinho. No Brasil inteiro, houve o registro de 2.042.817 desses jovens leitores.

Para o cientista político Adriano Cerqueira, o aumento do número de adolescentes eleitores se dá, sim, por conta do esforço da Justiça Eleitoral. Mas ele alerta que isso não deve ter impacto significativo nas eleições. “São mais de 150 milhões de eleitores. O eleitorado de 16 e 17 anos são 2,1 milhões. Então o impacto em termos decisivos deve ser pequeno”, disse.

Perfil
No total, Minas Gerais tem 16,2 milhões de pessoas que, nas eleições de outubro deste ano, vão escolher deputados estaduais, federais, senadores, governador e presidente da República. Os mais de 16 milhões eleitores mineiros colocam o estado como o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, correspondendo a 10,4% dos votos do Brasil inteiro. À frente está São Paulo (com 34,6 milhões de eleitores ou 22,16%). Os números de 2022 representam um crescimento de 2,25% em relação às eleições municipais de 2020 e de 3,75% quando comparados com 2018.Das pessoas aptas a votar, 52% são mulheres e 48% homens. Apesar disso, atualmente há apenas nove mulheres entre os 77 parlamentares na Assembleia Legislativa de Minas. No Congresso Nacional, elas estão em 77 das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e são 12 das 81 vagas no Senado.

“A sub-representação de mulheres na política é um problema estrutural do Brasil e compromete a qualidade da democracia, na medida que mais da metade da população está excluída do processo de tomada de decisão. Isso se dá por diversos fatores, desde a socialização feminina até o mundo da política que valoriza características tidas como masculinas. As mulheres acabam, mesmo com toda competência, não se enxergando na política institucional”, analisa a doutora em Ciência Política Daniela Rezende, professora da Universidade Federal de Ouro Preto. Os dados do TRE-MG apontaram que o número de pessoas que decidiram usar o nome social no título de eleitor também cresceu. São 2.948 contra 1.035 em 2020.Outro quadro que apresentou crescimento foi o de pessoas que declararam algum tipo de deficiência, saltando de 90,4 mil para 98,5 mil. (Hoje em Dia)

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