No primeiro semestre deste ano, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) aplicou R$ 1,2 bilhão nos municípios de Minas Gerais inseridos na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), proveniente do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O valor é 37% maior do valor aplicado no mesmo período de 2022, que foi de R$ 891 milhões.
O crédito disponibilizado nos seis primeiros meses do ano no estado com o fundo está assim distribuído: R$ 254,4 milhões para o setor agrícola; R$ 9,6 milhões para as agroindústrias; R$ 76,2 milhões para o comércio; R$ 63,9 milhões para o segmento industrial; R$ 392,4 milhões para infraestrutura; R$ 369 milhões para a pecuária e R$ 54,7 milhões para os serviços.
Na comparação com o primeiro semestre do ano passado, merecem destaque as variações percentuais os recursos investidos no estado em infraestrutura (alta de 187,9%), nas indústrias (acréscimo de 85,1%) e no setor de serviços (variação de 30,4%).
Entre os portes, quem mais buscou apoio no BNB em Minas Gerais até junho foram as empresas Corporate, justamente as que demandam crédito para infraestrutura. Registram variações expressivas as contratações do FNE com micro e pequenas empresas, que, em um ano, saltaram de R$ 98,9 milhões para R$ 137,9 milhões (alta de 39,4%) e com clientes do agronegócio – pessoa física -, que cresceram de R$ 90,6 milhões para R$ 139,9 milhões (54,4% a mais).
O superintendente estadual do Banco do Nordeste para Minas Gerais, Wesley Maciel, destaca que os recursos podem ser acessados por toda a classe produtiva. “O BNB existe para apoiar todos os empreendedores, mas os de menor porte merecem atenção maior, pois são justamente os que mais precisam. Em Minas, temos atendido todas as atividades e contribuído para o desenvolvimento da nossa região de atuação”.
Em Minas Gerais, a área de atuação do Banco do Nordeste abrange o Norte de Minas, parte do Noroeste e os Vales do Jequitinhonha, do Mucuri e do Rio Doce.
Vale lembrar que empresas, produtores rurais e prestadores de serviço de Caratinga não têm acesso aos benefícios oferecidos pelo Banco do Nordeste, diferente do que acontece em Piedade de Caratinga, Inhapim, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas e Ubaporanga, pelo fato do município não ter sido incluído na relação das cidades mineiras incluídos na área da Sudene pelos deputados federais que a cada eleição são votados pelos eleitores caratinguenses.